segunda-feira, 30 de maio de 2016

NOSSA TERRA NOSSA GENTE - PARTE 5

IMIGRANTES

O Paraná é um dos estados com a maior diversidade étnica do Brasil. São alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses, povos que ajudaram a construir o Paraná de hoje.
As 28 etnias que colonizaram o Estado trouxeram na bagagem sua cultura, costumes e tradições. Os imigrantes chegaram com a promessa de encontrar a paz numa 'terra desconhecida, mas que prometia trabalho, terra, produção e tranquilidade.
A colonização maciça só começou depois da proibição do tráfico de escravos, o que aumentou a procura de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente no Norte do Estado. Essa mão-de-obra assalariada passou a ser a melhor alternativa para o desenvolvimento da pecuária, até então era a principal cultura do Paraná, e das lavouras de café.

Foi a partir de 1850, quando o Paraná deixou de ser província de São Paulo, que o Governo local iniciou uma campanha para atrair novos imigrantes. Entre 1853 e 1886 o Estado recebeu cerca de 20 mil imigrantes. Cada um 
dos povos que colonizaram o Paraná formaram colônias nas regiões do Estado.







Alemães - Os alemães foram os primeiros a chegar ao Paraná, em 1829, fixando-se em Rio Negro. Mas, o maior número de imigrantes vindos da Alemanha chegou ao Estado no período entre as guerras mundiais, fugindo dos horrores dos conflitos. Esse povo trouxe ao Paraná todas as atividades a que se dedicavam, entre elas a olaria, agricultura, marcenaria, carpintaria, etc. E, à medida que as cidades prosperavam, os imigrantes passaram a exercer também atividades comerciais e industriais. Hoje, a maior colônia de alemães está no município de Marechal Cândido Rondon, que guarda na fachada das casas, na culinária e no rosto de seus habitantes a marca da colonização. Os alemães estão concentrados também em Rolândia, Cambé e Rio Negro. A maioria deles chegou ao Paraná vindo de Santa Catarina.

Árabes - O primeiro lugar onde os árabes se instalaram no Paraná foi Paranaguá. Mais tarde eles foram para Curitiba, Araucária, Lapa, Ponta Grossa, Guarapuava, Serro Azul, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, que hoje tem a maior colônia árabe do Estado. Em Curitiba apareceram em maior número após a Segunda Guerra Mundial, quando chegaram a constituir cerca de 10% da população.
Uma das maiores influências dos árabes no Estado está na gastronomia, onde os temperos e condimentos passaram a ser incorporados a culinária de modo geral, além dos kibes e sfihas que até hoje estão presente na mesa dos paranaenses. Os imigrantes árabes se dedicaram principalmente à produção literária, arquitetura, música e dança.


Espanhóis - Os primeiros imigrantes espanhóis que chegaram ao Paraná formaram Colônias nos municípios de Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Wensceslau Brás. Entre 1942 e 1952 a imigração espanhola tornou-se mais intensa. Novos municípios, principalmente na região de Londrina, foram formados por esses imigrantes. Eles desenvolveram atividades comerciais, artesanais e relacionadas à indústria moveleira.

Holandeses - Os primeiros holandeses chegaram no Paraná em 1909, instalaram-se em uma comunidade próxima a Irati. Algumas famílias acabaram voltando para a Holanda, outras foram para a região dos Campos Gerais onde fundaram a Cooperativa Holandesa de Laticínios, em 1925. A Cooperativa trouxe a consolidação da colônia de Carambeí. A Castrolanda é a povoação mais recente de holandeses na região.

Índios - Na época do descobrimento, em 1500, o Brasil era habitado por tribos indígenas, qsue viviam espalhadas por todo o território nacional. No Paraná, o habitantes primitivos também eram os indígenas que formavam grandes grupos ou tribos, os Jê ou Tapuia e a grande família dos Tupis-Guarani. Os Carijó e Tupiniquim habitavam o litoral; os Tingüi, a região onde hoje é Curitiba; os Camé, a região onde hoje é o município de Palmas; os Caigangue e Botocudo habitavam o interior do Paraná. Os primeiros caminhos do Paraná foram feitos pelos índios e usados pelos bandeirantes para penetrar no território: Caminho de Peaberu, Caminho da Graciosa, Caminho de Itupava e Estrada da Mata.


Italianos - Sem dúvida os italianos foram os que ocuparam o primeiro lugar nas imigrações brasileiras. No Paraná eles contribuíram muito trabalhando nas lavouras de café e, mais tarde, em outras culturas. A principal concentração desses imigrantes no Estado está na capital, Curitiba, em Morretes, no litoral, e nas cidades de Palmeira e Lapa, onde existiu a colônia anarquista de Santa Cecília.Os italianos contribuíram também na indústria e na formação de associações trabalhistas e culturais.

Japoneses - Os imigrantes japoneses se fixaram no Norte Pioneiro, trazendo a tradição da lavoura. Como, porém, desconheciam técnicas agrícolas relativas às culturas tropicais, se dedicaram a piscicultura, horticultura e fruticultura na economia regional.
Alguns dos produtos introduzidos no Estado pelos japoneses foram o caqui e o bicho da seda. Maringá e Londrina são as cidades paranaenses que concentram o maior número de japoneses. Os municípios de Uraí e Assaí originaram-se a partir de colônias japonesas.

Negros -A população do Paraná tradicional, isto é, do Paraná da mineração, da pecuária, das indústrias extrativas do mate e da madeira, e da lavoura de subsistência , era heterogênia e nela estavam presentes os mesmos elementos que compunham a população das outras regiões brasileiras: o índio, o europeu, o negro e seus mestiços. Portanto, uma sociedade também marcada pela escravidão e na qual foi significativa a participação econômica e social dos escravos negros. Na primeira metade do século XIX o número relativo de representantes da raça negra chegou a 40% do total da população da Província. Em Curitiba, o escravo estava presente no trabalho doméstico, mas também tinha lugar importante no cenário cultural da cidade. Eles mostravam seu talento musical participando de "cantos" no largo do mercado municipal.

Poloneses - Os poloneses chegaram ao Paraná por volta de 1871, e fixaram-se em São Mateus do Sul, Rio Claro, Mallet, Cruz Machado, Ivaí, Reserva e Irati. Em Curitiba, fundaram várias colônias que hoje são os bairros Santa Cândida e Abranches. Esse povo ajudou a difundir o uso do arado e da carroça de cabeçalho móvel, puxado a cavalo. Dedicados à agricultura, ajudaram a aumentar a produção do Estado.

Portugueses - No Paraná, a partir de meados do século XIX, destacam-se as grandes levas de portugueses atraídos pela explosão cafeeira do Norte Novo do Paraná, no eixo compreendido entre Londrina, Maringá, Campo Mourão até Umuarama. Grande maioria veio das Beiras (Alta e Baixa), Minho, Trás-os-Montes.
A cidade de Paranaguá foi, e continua sendo até hoje, a cidade do Paraná que tem mais traços da cultura e herança lusitana. Foi a porta de entrada dos portugueses e manteve alguns traços característicos desse legado.

Ucranianos - Os ucranianos chegaram ao Paraná entre 1895 e 1897. Mais de 20 mil Imigrantes chegaram ao Estado e formaram suas principais colônias em Prudentópolis e Mallet. Estão presentes também nos municípios de União da Vitória, Roncador e Pato Branco. Hoje o Paraná abriga a grande maioria de ucranianos que vivem no Brasil: 350 mil dos 400 mil imigrantes e descendentes.



NOSSA TERRA NOSSA GENTE - PARTE 4

Lenda da Araucária


Era uma vez duas tribos de índios inimigos. Um certo dia, o caçador de uma tribo  foi caçar e encontrou uma onça: ali também estava a curandeira da tribo inimiga, por quem ele havia se apaixonado. O índio caçador matou a onça e se aproximou da índia, que se assustou e acabou desmaiando. Os índios da tribo inimiga encontraram os dois ali: o índio á beira do rio com a índia nos braços.   
Pensaram mal do que viram  e o mataram a flechadas. Ele morreu cheio de flechas pelo corpo.
Diz a lenda que ele se transformou numa araucária, a índia numa gralha azul, e as gostas de sangue que pingavam eram os pinhões que a gralha azul enterra.




LENDAS DE CASTRO


  • Cobra  igreja - Conta-se que existe uma cobra, com a cabeça na torre da igreja e o rabo no Rio Iapó.Se a imagem da santa Sant’Ana for roubada da Igreja Matriz, a cobra destruirá a cidade.
     
  • Sucuri - Conta-se que na prainha tinha uma sucuri presa na gaiola. Deu uma enchente muito grande e as pessoas que tomavam conta da cobra não puderam retirá-la. Quando o Rio baixou e as águas voltaram ao normal, os responsáveis procuraram a sucuri e não a encontraram. Posteriormente, foi comentado, por muitas vezes, que pescadores enxergaram uma sucuri gigante nadando no Rio Iapó.
  • O monstro do Rio Iapó - Dizem que no Rio Iapó há um monstro de sete cabeças. Um dia ele se levantou e pescadores cortaram quatro das suas cabeças. Portanto, agora ele só tem três cabeças. Uma delas está na ponte do trem, outra está na Igreja Matriz e a última no ambulatório Bom Jesus. Seu corpo está no Rio Iapó. Dizem que quando ele levantar, o Rio secará.
     
  • Rio de sacrifícios - O Iapó era um rio de sacrifícios indígenas, que para abrandar a ira dos “Deuses da Água” que se manifestava alagando, sacrificavam uma moça virgem. Quando o branco expulsou os índios, o cacique amaldiçou-o dizendo que todo ano o rio levaria alguém.
     
  • Assombração no Rio Iapó - Conta-se que uma vez, dois homens foram pescar no rio iapó, próximo à antiga Fábrica Tupi. Naquele local o mato era muito fechado e os dois pescadores ficaram separados, um sem ver o outro. Um dos pescadores jogava a linha e o anzol na água, e o outro fazia a mesma coisa no mesmo momento. Assim prosseguiu por algum tempo, quando João, um dos pescadores, ficou curioso com a coincidência e resolveu comentar com o amigo. Chamou-o várias vezes, sem ouvir resposta. Aí é que ele notou que seu amigo não estava ali, estando, por sinal, bem longe. Tratou de encontrar o amigo e correram para casa. Acreditam, os castrenses, ser assombração da alma de alguém que morreu no Rio, podendo até mesmo ser de um pescador. 
  • Túmulo que chora - No cemitério Municipal de Castro, milhares de pessoas anualmente, procuram pelo túmulo de Mírian Novaes Santos, acreditando que a água que dali verte, tenha propriedades milagrosas. Nascida em Castro, a menina quando criança sofreu uma queda de escada e contraiu um problema no braço que os médicos acreditavam ser uma osteomielite. Mesmo operando o braço, a doença degenerou-se num câncer e Mírina faleceu aos 14 anos. Seus pais mandaram fazer uma estatueta de bronze com a imagem da menina para servir como adorno ao seu túmulo, exatamente na mesma posição em que ela passara seus últimos dias, de bruços e com um dos braços estendidos, única forma para conseguir o alívio das suas dores. Desde então, há muitos anos, uma água verte do seu túmulo, esta que mesmo em épocas de seca, continua fluindo.

  
  • Lenda do Canyon Guartelá - Há muito tempo atrás, habitavam nesta região duas tribos inimigas, em uma delas vivia Potiraré, uma bela virgem, cabelos negros como o breu, olhos brilhantes como cristais e pele macia como as nuvens, que havia sido prometida por seu pai, o cacique Iapó ao Deus Tupã em troca de muita caça e pesca. Na outra tribo, vivia Itamurum um jovem guerreiro, rápido como um raio e forte como um trovão, destinado a ser o grande líder de sua tribo, guiado pelo espírito da floresta, que se apresenta sempre que bate uma foto de algum lago com árvores à margem. Um dia Portiraré, banhando-se nas águas de uma bela fonte, foi surpreendida pelo jovem guerreiro que num primeiro momento tentou assassiná-la, pois sabia que se tratava de uma inimiga. Porém ao apontar sua flecha entre os olhos da inimiga, sentiu-se fragilizado diante de tanta beleza e naquela fonte, surgiu um grande amor. Seu pai, cacique Iapó, prevendo o relacionamento proibido de sua filha e que irritaria o Deus Tupã, trancou-a na gruta da pedra ume e disse: “Guarda-te lá, que lá ele bem fica”. Itamuru, inconformado com a triste separação reuniu seus melhores guerreiros e partiu para batalha, a fim de libertar a sua amada. O Deus Tupã, sabendo do ataque, lançou um forte raio para impedir o avanço dos guerreiros, abrindo a terra ao meio e fazendo com que violentas águas não permitissem a passagem dos guerreiros. Somente o guerreiro Itamuru conseguiu vencer os abismos e as corredeiras, fugindo com a sua amada. A ira do Deus Tupã foi tão grande que lançou outro raio, atingindo o jovem guerreiro Itamuru, deixando-o petrificado. Potiraré ao ver seu amado estendido e petrificado, chorou por muitas luas até que suas lágrimas formaram uma enorme cachoeira, que de tão forte, atravessou o corpo petrificado de Itamuru o qual permanece até hoje como se estivesse a acalmar a farça das lágrimas da amada, vivendo em eterno afago entre a água e a pedra. E, o cacique Iapó com remorso por ter impedido tão intensa paixão, atirou-se às corredeiras do rio que lá passava, desaparecendo para sempre, ficando apenas seu nome para identificar o rio, Rio Iapó.
O nome “Guartelá” surgiu da expressão “Guarda-te-lá que cá bem fico”, que conforme a lenda, foi utilizada no século passado por um morador da região ao prevenir seu “compadre” de um ataque indígena.


 FONTE: Biblioteca Pública Municipal de Castro
 
  • LOBISOMEM

    EM CASTRO (principalmente nas fazendas ), a lenda ganhou várias versões. Em alguns locais dizem que o sétimo filho homem de uma sucessão de filhos do mesmo sexo, pode transforma-se em lobisomem. Em outras regiões dizem que se uma mãe tiver seis filhas mulheres e o sétimo for homem, este se transformará em lobisomem. Existem também versões que falam que, se um filho não for batizado poderá se transformar em lobisomem na fase adulta.

    Conta a lenda que a transformação ocorre em noite de Lua cheia em uma encruzilhada. O monstro passa a atacar animais e pessoas para se alimentar de sangue. Volta a forma humana somente com o raiar do sol.Aqui na nossa cidade existe relatos que existia mais de 10 lobisomens e aonde apenas um aindaesta vivo com quase 80 anos não morte mais ninguem diz também que esse homem amaldiçoado aonde não podemos dizer seu nome foi contenado por ter maltratado e espancado sua mãe com 16 anos de idade ao passar a noite ele pagava seu pecado como lobo .
MORTOS  EMBAIXO DA IGREJA  MATRIZ EM CASTRO
Antes do séc. XVIII,  só  os ricos, e gente importante assinalava com uma mera pedra tumular  no chão de uma igreja a perpetuação da sua memória. Todos os outros , desapareciam sob o soalho da  igrejas, sem qualquer rasto visual da sua memória.
Os cemitérios modernos , apelidados de Cemitérios Românticos, foram então concebidos para começar a perpetuar a memória dos falecidos.Consta no livro "O Drama da Fazenda Fortaleza"de DAVI CARNEIRO que aqui na nossa igreja matriz esta o corpo de um dos  fundadores da cidade de Guarapuava e de muitos fazendeiros ricos.


Morro do Canha
O Morro da Canha ficou conhecido quando a exploração do ouro estava em evidência. Nele, pela sua altura e dificuldade de acesso, conta a história de que o ouro não pode ser retirado. Existe até uma lenda que diz que o baú de ouro é segurado por uma corrente, e quando pessoas se aproximam são atadas por cobras e marimbondos. Localiza-se no distrito de Abapan, aproximadamente 35 km da cidade.



NOSSA TERRA NOSSA GENTE - PARTE 3


Caminho dos Tropeiros:

    Lenta e candenciadamente ia a tropa pelos Caminhos Do Paraná. O percurso era longo iniciando - se em viamão no rio Grande do Sul, direção a São Paulo.
   A cada pouso as cidades floreciam como contas de um colar. A caminhada era favorecida pela topografia e baixa vegetação, característica da formação arenistica Furna.
     Assim surgiam no Paraná, Rio Negro, Campo do Tenente, Lapa, Ponto Amazônas, Palmeira, Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Jaguaraíva, Sengos...
      Nas bruacas sustentadas pela congada das mulas, acomodavam - se o charque, as panelas, a chocolateria...No coração a lembrança da Terra distante, e na índole o espírito de aventura, preenchida pelo som dos berrantes.

       Assim foi o Tropeirismo, um econômico acontecido nos séculos VXIII e XIX e que marcou profundamente a história e a tradição e os costumes do homem PARANAENSE.



A Rota



      Originalmente, a rota dos tropeiros foi um importante corredor aonde circulavam bravos homens levando riquezas e desenvolvimento a locais distantes.
       Esse movimento perdurou desde o início do séc XVIII até por volta do ano de 1930, quando a modernidade passou a decretar o fim deste ciclo. Hoje redescoberta, a Rota dos Tropeiros nos propicia uma série de outras riquezas: conhecimento, cultura, história,  aventura e encantamento.
         A partir do declínio da exploração das minas no Peru com o conseqüente abandono de grande quantidade de mulas nos criadouros do território de Missiones e, juntamente com os primeiros aventureiros e ocupantes do sul que trouxeram o gado vacum, em 1730 tem início um processo sistemático e continuado de comercialização desses animais. Nasce assim o tropeirismo no Brasil. 
         A cada 40 quilômetros em média, as tropas paravam para o repouso merecido, após uma longa e difícil jornada. Inicialmente as paradas se davam sob as árvores ou as margens de rios, ao relento. A preparação do acampamento ou do poso era trabalhosa e todos participavam tirando os sacos, as bruacas, cangalhas e arreios das mulas. As camas eram os “apeiros”, feitos com ramas de árvores sob as quais eram colocados os pelegos.

A base da comida tropeira eram o feijão, o arroz e a carne salgada desfiada. Todos se reuniam para comer a “bóia” e esperar a noite para descansar junto ao fogo, tomando o café tropeiro, contando os “causos”, procurando se acomodar para o merecido descanso. (GUIMARÃES, 2003). Criou-se uma nova língua de entendimento, novos hábitos de alimentação, de vestir, de musicalidade, de religiosidade, práticas de medicina, organização social como conquistas que mudaram o Brasil.
No território paranaense encontravam condições privilegiadas com campos propícios para pastagem e assim estacionando as tropas por até seis meses, quando então prosseguiam rumo ao seu destino final e em razão desta atividade este caminho ficou conhecido como Caminho das Tropas, Caminho Viamão, Estrada Real, Estrada do Sul ou ainda Estrada da Mata. Esse movimento perdurou desde o início do séc XVIII até por volta do ano de 1930, quando a modernidade passou a decretar o fim deste ciclo.
          A Rota dos Tropeiros, no Paraná, composta por 16 municípios - Rio Negro, Campo do Tenente, Lapa, Porto Amazonas, Balsa Nova, Campo Largo, Palmeira, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Tibagi, Telêmaco Borba, Piraí do Sul, Arapoti, Jaguariaíva e Sengés. Os municípios têm em comum a cultura deixada pelo tropeirismo e oferecem aos turistas a oportunidade de conhecer belas paisagens, gastronomia regional, história e cultura riquíssimas, artesanato diferenciado, lugares pitorescos e ainda opções de prática de esportes de aventura, como o rafting.
         Os Campos Gerais sempre tiveram dois pontos relevantes no Turismo do Paraná: Vila Velha e o Canyon Guartelá. E com a rota a história dos tropeiros agrega valores à beleza cênica natural dos Campos Gerais.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

NOSSA TERRA NOSSA GENTE - PARTE 2

Pratos tropeiros

Em meio aos séculos XVIII e XIX, o Paraná passava pelo auge do tropeirismo, e um dos costumes dos tropeiros era carregar para todos os lugares alimentos não perecíveis, como charque, milho, farinha de mandioca, toucinho, arroz e feijão. A partir destes ingredientes eram feitas misturas na hora das refeições, que acabaram se tornando pratos típicos como o arroz de carreteiro e o feijão tropeiro.
Comida típica
O feijão tropeiro, prato que surgiu com o tropeirismo no Paraná

Pinhão

O pinhão pode ser uma comida presente nas festas juninas por todo o Brasil, mas o estado que mais está relacionado às Araucárias e à semente que elas dão sem dúvida alguma é o Paraná.
Já desde a época em que os índios locais habitavam as terras paranaenses, o pinhão é utilizado não apenas para ser comido assado, mas sim servindo como parte de muitas receitas, tradição cada dia mais forte.
Comida típica
O pinhão serve como ingrediente para vários pratos, como este Nhoque de batata com carne de panela e pinhão, do Happy Burguer
É possível encontrar a iguaria na tradicional e deliciosa receita de Frango com Polenta , ou então Bolinho de Pinhão e, até mesmo, na Conserva de Pinhão. Ou seja, a semente é um alimento altamente versátil, combinando com todos os tipos de pratos.

NOSSA TERRA NOSSA GENTE - PARTE 1

A linguagem é o maior recurso que o ser humano possui para alcançar tudo quanto mais deseja na vida. Por isso cada pessoa depende da linguagem para viver em sociedade, pois ela é a base da cultura e dificilmente haveria civilização se não fosse o emprego da linguagem e o poder das palavras. É através delas que influenciamos e provocamos as mudanças, quase sempre, necessárias para construir uma vida melhor.

Gírias Paranaenses

http://portaldasgirias.blogspot.com.br/2010/08/girias-paranaenses.html

Amolar: incomodar
Anca: quadril
Andeja: andarilha
Aparecido: fantasma
Apoitar: amarrar na poita, atracar
Avacalhar: desmoralizar
Baita ou bruta: muito grande
Basculhar: procurar
Bedelhar ou bisbilhotar: imiscuir-se na vida alheia
Boanoitou: anoiteceu
Boleiro: mentiroso
Bochuda: grávida
Cainho: sovina
Campeando: procurando
Canja: fácil
Carpir: capinar
Ciar: ter ciúmes
Desgarrado: perdido
Enjerizado: mal-humorado
Entendida: parteira
Entojado: convencido
Esquentado: irascível
Estrepou-se: saiu-se mal
Fiote: ânus
Gambito: perna fina
Ganja: atenção demasiada
Garrei: comecei
Guela ou grugumilo: garganta
Jaguara: ordinário
Já hojinho: há pouco tempo
Jururu: triste
Lombo: costas
Macambúzio: triste
Mundeado: viajado
Pança: barriga
Paquera: intestinos
Perca: aborto
Pinchar: jogar
Pitoco: rabo curto
Prosa: convencido ou conversador
Recoluta: reunir o gado extraviado
Relar: ralar
Saído: confiado
Sapé: galhos secos do pinheiro
Sobejar: sobrar
Sura: sem rabo
Taimbé: precipício
Teatinando: vagando
Traste: coisa sem valor
Trelar: conversar
Tropicar: propeçar
Varou: atravessou
Volteada: pequeno passeio

Expressões e frases feita
shttp://www.jangadabrasil.com.br/revista/marco64/especial6406.asp
Aí que a porca torce o rabo, com quantos paus  se faz uma canoa: o momento de enfrentar uma dificuldade.
Apagou o pito: sossegou
Arranjar sarna para se coçar: procurar contrariedades
Bateu com a língua nos dentes, soltou a língua: não guardou segredo
Cheio de prosa, de partes, de coisas, de pose, de dengues, de não-me-toques, de nó pelas costas, de nove-horas, de vento, de história, de titica de galinha: pessoa luxenta ou convencida
Com uma mão adiante e outra atrás: perder tudo
Ficar na moita: esperar em silêncio
Fez o diabo a quatro, armou um banzé, fez um fuzuê: brigou
Fogo de palha: inconstante
Garrou o mato: foi embora
Levou um sabão: foi repreendido
Metido a besta: convencido
Metido a sebo: intrometido
Mosca de cavalo: pessoa que incomoda
Mosca-morta, barata-tonta: parvo
Num abrir e fechar de olhos: num instante
Teimoso pra chuchu, pra burro, pra cachorro: muito teimoso
Tirar a coisa a limpo, por o ponto nos ii, deixar em pratos limpos: esclarecer

Educomunicação

• Educar para a mídia. Ou seja, aprimorar e desenvolver uma visão crítica sobre os conteúdos da mídia, preparando as pessoas para o recebimento da informação. Esse processo acontece com o entendimento da produção de conteúdos, dos seus formatos, linguagens e de algumas questões estruturais da dinâmica produtiva dos meios de comunicação. Ele pode ser trabalhado com explicações teóricas sobre a produção dessas matérias, exercícios de “desconstrução” de matérias e de produção de conteúdos.

 • Educar por meio da mídia. Utilizar os meios de comunicação como ferramentas complementares na sala de aula e na abordagem de conteúdos. Outra forma de trabalhar a mídia é utilizando-a como contraponto ao “saber oficial escolar”, apresentando alternativas e propondo reflexões. 

• Educar com a mídia. Produzir conteúdo informativo e reflexivo, capacitando os envolvidos a criar um veículo (comunitário ou independente) e possibilitando a prática da livre forma de expressão, objetivando sempre gerar conhecimento, dialogar com a comunidade e desenvolver a participação cidadã.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

LER E PENSAR E SUA HISTÓRIA


O Ler e Pensar é um projeto de incentivo à leitura, dirigido a alunos do Ensino Fundamental e Médio de escolas e instituições públicas e particulares do Paraná.
Criado em 1999 pelo jornal Gazeta do Povo, é um projeto de incentivo à leitura e cidadania que por meio da mídia jornal e da educação contribui com a formação de educadores, crianças e jovens no Paraná. Trabalhando com a leitura e informação, os estudantes passam a ter melhor visão do mundo a sua volta e compreensão daquilo que leem, e se sentem inseridos na sociedade, com capacidade de exercer sua cidadania.